ARRAIOLOS COM OS SEUS TAPETES E MUITO MAIS!
Desta feita e depois da última visita, em que tínhamos ido ao encontro das Caldas da Rainha, virámos para o Alentejo e fomos descobrir Arraiolos, uma vila de grande historial, conhecida pelos seus tapetes e que promove toda uma ligação à natureza através de uma paisagem magnífica dominada pelas vinhas em fusão plena com a planície por onde se expande.
Domingo, dia 28 de outubro, a Associação Mais Algés proporcionou a todos os que aderiram à ideia, uma incursão por Arraiolos.
Desde logo, a poucos minutos de se chegar ao coração da vila, com atenções redobradas para um monte que é um espanto – o Monte da Ravasqueira, que ocupa – só por si – toda uma vasta área com cerca de 3000 hectares de paisagem tipicamente alentejana, reconhecido pela sua enografia (descrição científica do vinho e das suas propriedades) e por isso pelos vinhos tintos, brancos, rosés e de sabor a romã, típicos do Monte da Ravasqueira, onde existe uma adega de referência e também um museu de atrelagem ou de atrelados, nada mais nada menos que carruagens de outrora, que fazem lembrar, em ponto pequeno, o Museu dos Coches de Lisboa.
Vinhos à parte, os tapetes constituem uma das riquezas topo de gama de Arraiolos, cuja fama corre mundo, bordados com lãs de cores variadas, sobre uma tela de juta ou de algodão, tradicionalmente de padrões clássicos, mas que já vão registando alguma inovação.
E quem vai a Arraiolos tem forçosamente que visitar o seu Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos. Situado no antigo edifício do Hospital do Espírito Santo é um espaço museológico que promove o seu estudo e divulgação, bem como a sua conservação, valorização e reconhecimento como património histórico, artístico e etnográfico.
À margem da cultura, de todo um saber dos tapetes, outra das virtudes de Arraiolos está na gastronomia. A propósito, os nossos companheiros de viagem visitaram uma Mostra Gastronómica, em funcionamento, que fez as suas delícias pelos pratos típicos de comer e chorar por mais e que também não se fizeram rogados às “Empadas de Arraiolos”, com elas adoçando as bocas, e que muitos quiseram que os acompanhassem de regresso a Lisboa.
Arraiolos a quem D. Dinis atribuiu o primeiro foral régio em 1290; afamada pelo seu castelo, obra do rei Lavrador, em 1305; a vila passou a fazer parte do distrito de Évora em 1385; foi condado de D. Nuno Álvares Pereira a partir de 1387 e em 1511 recebeu novo foral então atribuído por D. Manuel I; a partir de 1736 ficaram definidos os seus limites administrativos.
Enfim, Arraiolos é uma vila entre as mais significativas do conjunto das vilas alentejanas e que por isso justificou bem esta visita de agora.